Caso de mulher vítima de palhaço assassino é desvendado 27 anos depois

No dia 26 de maio de 1990 alguém bateu à porta da casa de Marlene Warren, na Flórida (EUA).
Ao atender, o primeiro susto: era um palhaço!
O indivíduo de cara branca, nariz vermelho e cabelo laranja lhe entregou um buquê de cravos e alguns balões.
No momento seguinte o palhaço saca uma arma, atira no rosto de Marlene e anda calmamente em direção ao carro que estava estacionado perto dali.
Marlene acabou morrendo no hospital dois dias depois desse estranho episódio.
O crime chocou o país na época e, para piorar, ninguém conseguiu encontrar um suspeito.
E durante 27 anos foi assim.
Eis que na segunda quinzena de setembro de 2017, a polícia conseguiu desvendar o mistério – e a sociedade mal pôde acreditar no desfecho.
O palhaço na verdade era uma mulher. Sheila Keen-Warren, de 54 anos, deve ser julgada por homicídio nos próximos meses.
Reparou que o sobrenome da acusada é o mesmo da vítima? Pois é. Doze anos depois do assassinato, a assassina casou-se com o marido de Marlene.
A polícia já suspeitava que então companheiro da vítima, Michael Warren, tinha um caso com a suspeita e que isso tinha a ver com o assassinato. Só que, até então, as evidências eram apenas circunstanciais: depoimentos de lojistas que venderam fantasias de palhaço a uma mulher com as características de Sheila, o da florista, o do vendedor de balões, etc.
A chave para resolução do mistério estava no carro usado pela assassina. Tratava-se de um veículo roubado, que foi abandonado logo depois num estacionamento da cidade. Lá, a polícia encontrou vestígios de uma peruca laranja e fios de cabelo que pareciam ser de Sheila.
Só que, sem provas ainda mais concretas e sem exame de DNA na época, o caso acabou sendo arquivado em seguida.
Há pouco tempo, no entanto, a polícia descobriu que Sheila e Michael estava casados. A informação caiu como uma bomba e eles resolveram fazer testes de DNA no material coletado 24 anos antes.
O resultado: Sheila foi presa no estado da Virginia no final de agosto e agora aguarda extradição para a Flórida, onde o caso será julgado.
Se for acusada, ela pode pegar prisão perpétua ou até ser submetida à pena de morte.
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Fonte: Buzzfeed
Imagem: Washington County Virginia Sheriff's Office e Shutterstock