Empresa americana é autorizada a tentar ressuscitar 20 corpos
Responsável pela pesquisa garante que não se trata de um experimento Frankenstein. Você acredita?
A empresa americana de biotecnologia Bioquark vai iniciar o projeto Reanima, na Índia. Seus pesquisadores, sob a direção do cientista Iro Pastor, tentarão ressuscitar parte do cérebro de pacientes declarados clinicamente mortos, mas que seguem ligados a aparelhos.
"Não somos médicos tipo Frankenstein. Trabalhamos dentro dos limites do sistema tradicional de saúde", diz Pastor.
A empresa já conseguiu todas as aprovações internacionais para realizar o experimento e, agora, está selecionando os primeiros 20 pacientes em parceria com hospitais para identificar famílias que tenham algum membro clinicamente morto e que, por barreiras religiosas ou condições médicas de algum tipo, não possam doar seus órgãos.
Os pesquisadores injetarão células-tronco na medula espinhal dos "pacientes" a cada duas semanas, um coquetel de peptídeos a cada dia e estimularão os neurônios com laser, entre outras técnicas. Eles acreditam que os primeiros resultados sairão em dois ou três meses.
Por que Índia?
"Escolhemos fazer isso na Índia e não nos EUA por dois motivos", explica Pastor à BBC Mundo. "Em parte, a razão é econômica: os custos dos EUA seriam de US$ 10 mil por paciente, enquanto na Índia são de US$ 1.000", diz. "Por outro lado, na Índia não se pode ter um cadáver conectado a uma máquina por tanto tempo quanto em outros países (por causa da lei local)."
FONTE: BBC Brasil
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